sexta-feira, 12 de novembro de 2010

A minha morte

Apago a luz, para que assim eu seja capaz de te enxergar na escuridão, entre meus sonhos.
Morreu parte de mim: Você. Levaste a quente e tão almejada alegria: Nossa união; arrebatando o que me é claro, deixando-me apenas com a escuridão da solidão.
Tantas cartas te escrevi, mas todas foram rasgadas, queimadas, antes que pudesse existir uma pequena suficiência de coragem.
Morro todos os dias. Um pedaço de mim se vai em cada lauda que insisto em queimar no fogo – jamais tido por você, somente por mim – o fogo do meu amor.
Mato todos os dias a paixão que ainda existe em mim e, a cada assassinato, ele renasce em dobro, enquanto escrevo para ti.
Hoje ele acabará. A morte chega, mais uma vez, forte, incontrita e certa que chegará o fim desse amor. Nem que para isso seja preciso morrer com ele.
Esta é a última carta que te escrevo e não queimá-la-ei, mas enviarei a ti meu amor e minha dor. Levarei a você minha morte. Cuide bem dela.

Estou morrendo, não porque sou fraca, mas porque não tenho mais forças o suficiente para lutar por esse amor que me mantinha viva.
Não estou desistindo de lutar, só não tenho mais condições de sofrer por ele, por você: Por nós!

Com carinho, ainda com amor, mas com o gosto da morte,
Madlyn.
Postado por Natalia Araújo

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Obrigada por estar comentando, volte sempre ;*